Sunday, January 16, 2005

Os Pistões

Os pistões...ai os pistões...
estou de volta à escrita, e porque não retomá-la? porque não voltar a fazer uma coisa tão produtiva como escrever?
mas produtiva para quem? para ti que lês isto e te identificas com meia duzia de palavras pintadas?
para a propria "empresa" www.blogspot.com?
ou para mim que desabafo e mostro ao mundo as letras que me passam pela cabeça e se esvanecem na ponta dos meus dedos?
há sempre "alguém" que lucra mais que os outros, melhor, que lucra sempre, em detrimento de outros que só lucram de vez
em quando.
nem sempre lucro em escrever aquilo que escrevo, ou pelo menos, nem sempre olham para mim como se estivesse a lucrar,
e o leitor, esse também apenas lucra de vez em quando, lucra quando se reconhece nas palavras de outrém.
é como em tudo na vida, quando temos uma atitude, e pensamos que estamos a fazer o melhor do mundo (e para nós na realidade
até estamos, ("nós"...os que pensam antes de fazer algo)) nem sempre somos valorizados e isso entristece qualquer um...
agora uma pergunta, se partindo do principio que alguém vai sempre ganhar algo, então na vida, esse alguém quem é?
deus? aquele que joga com as nossas vidas como se fosse um teatro de marionetas?
eles? que nos vigiam durante toda a vida e nos protegem?
ele? que é inexplicável o facto de não existir explicação para a sua existencia?
o inexplicável? que nunca nenhum "ele" conseguiu explicar?
sinceramente...acho que nem sempre tem que haver alguém que tire sempre o maior partido das coisas...da vida...
acho mesmo é que nós , simples seres, preocupamo-nos demais na procura de algo superior... porque na verdade...
começo a acreditar que quem tudo sabe e lucra sempre são os pistões.

ao acreditar que os pistões são o topo da hierarquia, então estamos a acreditar que todos estamos no topo
(uma vez que um pistão é insignificante ao lado de um ser humano, melhor...
que nem uma hierarquia existe...sendo assim, como é possível que a natureza tão pura, passe despercebida aos nossos olhos no dia a dia...
é natural...é um ciclo...acontece uma acção e essa necessita de consequência...é uma autêntica simbiose.
(acção --> consequência)
agora, para explorar ainda mais o assunto...Nós seres humanos nascemos com um sentimento intrinseco em nós...
o da sobrevivência...
sendo esse sentimento puro, então sabemos que para nos protegermos a nós próprios devemos proteger os outros e protegê-los de nós próprios também...logo...
não era possível actuarmos de uma forma maldosa...ou seja...não existiriam acções más.
e é isso que acontece no nosso planeta?
não...não é...existem guerras...pessoas más, sentimentos malignos...e todos nós os temos...
a resposta a esse "porquê" é que a nossa mente fechada, ainda não foi iluminada...e assim não tomamos acções...somos ACCIONADOS
como se máquinas fossemos!!
agora o meu dogma é...são os pistões que nos accionam?

cumprimentos

Wednesday, October 20, 2004

Cigarro com Vida

estou eu mais uma vez divagando, nos resticios da noite (6h40) e neste momento introspectivo
enquanto desfrutava do prazer de fumar um cigarro, dei comigo a formar teorias acerca da
fragilidade da vida humana, comparando-a com um simples cigarro. sim, pode parecer um pouco
alienada, mas não, para ser sincero, esta instrospecção deve-se também ao efeito de
libertação/liberdade que se consegue atingir através do consumo de substâncias psicotropicas.
então, não fugindo do motivo que me leva a escrever (a teoria/filosofia de mesa de café,fumo
e boa conversa), reparei que a vida é como um cigarro no momento em que travei a primeira
passa deste que estava fumando. vejamos, a vida aparerece como uma ignição, como uma faísca, que nos faz dispertar,
que nos faz acordar e percorrer um percurso, ora, esse momento consigo compará-lo ao acto
de acender um cigarro, o "dar vida a algo inanimado". quando travamos a primeira passa,
tentamos obter o maximo de prazer e continuamos a fazê-lo durante todo o cigarro.
sendo assim, fumar é como gozar a vida, tirar o maior
e melhor partido das nossas vivências, das nossas atitudes, dos nossos dias, ou não fossem estes dois bens de grande
importancia para mim.
Mesmo quando o nosso querido cigarro, está chegando ao fim, à "pica" ou "beata" na gíria de bom fumador,
continuamos a gozar um bom fumo cinzento. a vida é cinzenta por natureza, nós temos que
colori-la, cada um da sua forma, cada um do seu modo, mas é a cor que vemos no fumo cinzento
da vida que nos oferece o sentimento de felicidade no dia a dia e que nos faz continuar, erguer a cabeça, caminhar e
lutar por um dia cada vez melhor.
Quando, o cigarro acaba, quando não há
mais nada para gozar na vida, quando estamos velhos, apagamos...
morremos, prensados contra o chão de forma a esconder os vestigios do nosso objecto de vicio
, que no fundo, é exactamente o q acontece connosco, somos enterrados, as nossas memórias e sentimentos são
subterradas juntamente com a parte fisica que nos prende.
todos os que ficaram em vida, assim como todos os cigarros que nos faltam para
acabar o maço, sabem...que têm o mesmo destino.
e como em tudo neste mundo, lembramo-nos dos nossos "queridos" quando não os temos presentes.
A vida é um cigarro com prazer, a morte, é a traça de querer...e não poder fumar.

Wednesday, June 02, 2004

ver fluir os fluxos dos fluídos na sua própria fluidez...

Acabei de acender um cigarro.
Sim, sou viciado nos vícios viciantes, que tanto teimam em viciar quem menos se deixa sentir vencido. Quem são esses? Os vencidos, são pessoas, que na sua penumbra, se lamentam continuamente das metas que podiam ter alcançado, mas não, deixaram-se vencer, devido à preguiça dinâmica que tanto afecta todos os intervenientes nesta sociedade mal socializada.
Os que não se deixam vencer...esses, lutam num combate consigo mesmos, que acabam sempre por empatar, o ego não deixa ganhar batalhas, porque após a primeira, dá-se inicio a um caminho sem fim à vista, todos os dias há uma nova luta, uma luta que envolve, sangue, lágrimas e sentimentos macabros, que são aprisionados, em cinismos, em disfarces, para que não se apareça em qualquer local parecendo que são parecidos com todos os demais iguais.
Há condicionantes, contínuas, que as pessoas por si próprias adquirem, é um masoquismo desenfriado, enfiado nos mais profundos recantos da consciência inconsistente e básica do Homem. Nós, seres de um planeta que até à bem pouco tempo, pensavamos ser o centro do universo obscuro da nossa existência, que até à bem pouco tempo pensavamos ser invisivéis a toda a perversidade natural que inunda e imunda as mentes.
Continuamente comemo-nos a nós próprios, e aos "nós próprios" chamados "outros".
Quem tentamos enganar? O espaço? Ou o nosso espaço?
Existem também, aqueles livres de preconceitos, de bases, de esquemas e estruturas, existem...mas não é aqui, não é! É dentro de cada um de nós, quando deixar-mos de chamar "Este nosso mundo" mas sim "Este vosso Mundo".
A propósito...só acendi este cigarro, porque me apeteceu fumar um dos vossos!

Hoje, é a primeira noite...o inicio de uma longa exploração de reflexos, para reflectir, pensar ou simplesmente divagar, não vamos depressa...vamos...

Noite,
Tanto me trazes e nunca te agradeço;
Como será que ficam os teus olhos,
Quando te peço...
Dá-me mais vida e um dia trás-me a morte na Lua,
Essa, que tem a sua fidelidade Núa,
Nunca será minha, é só tua,
Cobre-me com esse vasto manto negro,
Que te mostra vestida,
Essa escuridão, é luz na minha vida,
O teu frio,
Aquece-me as mãos quando te tento alcançar no fim...
Sabes o que significas?
Sabes o que signficas para mim?
Nunca saberás, esta dedicatória só faz,
Sentido...
Para aqueles a quem deste a harmonia e paz,
De te admirar.